O início de «Contra|o|Tempo»
The begin of «Contra|o|Tempo»
21 jun 2021
21 june 2021
Partilhar
share

Em 2021 Linha de Fuga promove três residências artísticas em Coimbra. Uma criação de cruzamento disciplinar (música e dança) para o espaço público, que explora o potencial estético e político em torno da figura de um coro de mulheres, é a primeira proposta: As canções que cantamos contra os muros que limpamos, de Catarina Vieira, começa hoje, 21 de junho.

JUNE 21 Catarina Vieira's artistic residency begins in Coimbra, the first within the Contra|o|Tempo Artistic Residencies program. In the project “The songs we sing against the walls we clean”, which Catarina will develop, with the collaboration of Aixa Figini and Josefa Pereira, she will dynamize a voice and movement workshop, aimed at women and people who identify with the female gender, where they will work the silenced words, the indignation, the knots in the throat of the woman condition. Registration for this workshop is until June 21, learn more here! JUNE 30 the first Conversation with the Academy: Catarina Vieira will talk about feminisms with Tatiana Moura and Linda Cerdeira, researchers at the Center for Social Studies of the University of Coimbra.

____

Linha de Fuga inicia em junho o programa de «Residências Artísticas Contra|o|Tempo», assente na importância do tempo e no reconhecimento da precariedade associadas aos processos de criação. A convite de Linha de Fuga, os artistas participantes viverão um mês na cidade de Coimbra, interagindo com o território e com a população através de oficinas, conversas com elementos da academia e apresentações informais do seu projeto. Para 2021 estão previstas três residências de artistas que passaram pelas duas edições do Laboratório Linha de Fuga.

«As canções que cantamos contra os muros que limpamos», de Catarina Vieira, é a primeira dessas residências, com início a 21 junho, que se prolongará até 17 de julho. Romain Beltrão estará em Coimbra durante o mês de agosto, com o projeto de performance-palestra «Dobra». Nos meses de setembro e outubro, Mariana Ferreira irá desenvolver o projeto multidisciplinar «Home» que, através de encontros/conversas com migrantes artistas e não artistas, trabalha as relações entre lar e identidade, passado e presente, e entre arte e transformação.

«O que é uma voz vulnerável? Pode a vulnerabilidade contaminar? Poderão haver outros modos de estar presente, de reclamar um lugar?»

Durante um mês, Catarina Vieira, acompanhada de Aixa Figini e Josefa Pereira, vai desenvolver o projeto «As canções que cantamos contra os muros que limpamos», uma criação de cruzamento disciplinar (música e dança), para o espaço público, inspirada na prática de grupos corais que se juntam para cantar músicas de protesto.

Interessa à criadora «explorar o potencial estético e político em torno da figura do coro – um coletivo de vozes que negociam o seu anonimato e singularidade no esforço de suster juntas uma harmonia efémera.» Explorar-se-á a «relação entre voz, corpo e fragilidade, desconstruindo a crença de que a conquista de visibilidade, de ocupação, de contaminação deve estar associada a uma ideia de força, de potência, de clareza.»

Este processo de criação inclui uma oficina de voz e movimento destinada a 10 mulheres de Coimbra, que gostem de cantar e dançar e sintam «uma urgência em dar voz às palavras silenciadas». A oficina vai explorar a figura do coro – um coletivo de vozes que negoceiam o seu anonimato e singularidade no esforço de suster juntas uma harmonia efémera. A participação nesta oficina implica o compromisso de integrar uma apresentação pública, que vai acontecer no dia 17 de julho, com local e horários a indicar.

Ainda durante a Residência vai acontecer uma conversa entre Catarina Vieira e a sua equipa artística com Linda Cerdeira e Tatiana Moura (investigadoras do CES), no espaço da Rádio Baixa. Com o título «Your silence will not protect you: Feminismos e Resistências», a primeira sessão da iniciativa «Conversas com a Academia», vai acontecer a 30 de junho, quarta-feira, pelas 18h00, e pode ser assistida presencialmente ou acompanhada em streaming.



 


share
partilhar