Os corpos dissidentes carregam traumas e potencialidades que deixam entrever outras formas de estar e expressar identidade, saindo de categorias binárias, simplistas e que limitam a imaginação. Urge construir formas de resistência coletiva contra um sistema patriarcal que categoriza, controla, domina e explora. Que papel pode ter a arte neste exercício?
Moderação: Catarina Silva
Convidades:
Paloma Calle
Artista madrilena licenciada em Comunicação Audiovisual (Univ. Complutense). Formada em teatro e dança em Madrid, Berlim e Roma ao longo de 10 anos. O seu trabalho é desenvolvido num território híbrido entre a pesquisa e a criação em artes vivas e visuais, educação não formal e ativismo, sendo também atravessada por uma perspetiva transfeminista intersecional, que diverge da norma heterossexual. Tem desenvolvido as suas próprias criações desde 2006, com apresentações na Europa, América do Sul e Ásia. Fundadora do coletivo «Familias HD (por heterodissidentes)», ativo desde 2018. Combina tudo isto, não sem dificuldade, com o trabalho doméstico e a educação dos seus dois filhos.
Mara Pieri
Mara Pieri é investigadora associada no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Socióloga e doutorada em Direitos Humanos, trabalha sobre teoria queer, estudos crip e questões que cruzam a saúde e a vivência das pessoas LGBTQ+. Em 2023 publicou "LGBT+ people with Chronic Illness: Chroniqueers in Southern Europe" (Palgrave). Lidera o projeto “DIVERS - Diversidade e inclusão no acesso à saúde” sobre o acesso aos cuidados de saúde da população LGBTQ+ em Portugal.
Iuri Lopes
Doutoranda em Estudos Feministas pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra - FLUC | Centro de Estudos Sociais - CES. Performer e Ativista Não-Binária. Tem sua pesquisa pautada em reflexões sobre Masculinidades não-hegemônicas, Identidade, Teoria Queer e Estudos de Gênero. Faz parte da Associação Transfeminista Marias do Loureiro.
Dissident bodies carry traumas and potentialities that reveal alternative ways of being and expressing identity, breaking away from binary, simplistic categories that limit the imagination. It is urgent to build forms of collective resistance against a patriarchal system that categorizes, controls, dominates, and exploits. What role can art play in this endeavor?
Moderation: Catarina Saraiva
Guests:
Paloma Calle
Paloma Calle is a Madrid-born artist with a degree in Audiovisual Communication (Complutense University). She trained in theater and dance in Madrid, Berlin, and Rome over a decade. Her work spans a hybrid space between research and creation in live and visual arts, non-formal education, and activism, with a focus on an intersectional transfeminist perspective that challenges heteronormative frameworks. Since 2006, she has developed her own works, presented in Europe, South America, and Asia. She is the founder of the collective "Familias HD (for heterodissidents)," active since 2018. She balances these endeavors—though not without difficulty—with domestic work and raising her two children.
Mara Pieri
Mara Pieri is an associate researcher at the Center for Social Studies at the University of Coimbra. A sociologist with a PhD in Human Rights, her work focuses on queer theory, crip studies, and issues at the intersection of health and LGBTQ+ experiences. In 2023, she published LGBT+ People with Chronic Illness: Chroniqueers in Southern Europe (Palgrave). She leads the project “DIVERS - Diversity and Inclusion in Healthcare Access,” which examines LGBTQ+ access to healthcare in Portugal.
Iuri Lopes
Iuri Lopes is a PhD candidate in Feminist Studies at the Faculty of Arts, University of Coimbra - FLUC | Center for Social Studies - CES. A non-binary performer and activist, their research addresses non-hegemonic masculinities, identity, queer theory, and gender studies. They are a member of the transfeminist association Marias do Loureiro.
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