No dia 11 de Outubro de 2022 encerrámos a programação da 3ª Edição do Festival e Laboratório Linha de Fuga com a última Conversa Inquieta de 2022: Pode o cuidado ser subversivo?
Convidados: Catarina Saraiva, Catarina Silva, Pedro Cosme e Tatiana Moura
O que aprendemos com os cruzamentos, processos artísticos, conversas e partilhas que se foram tecendo ao longo do Festival Linha de Fuga? Afinal, pode o cuidado ser subversivo? Após os confinamentos e o distanciamento social impostos durante os picos pandémicos, em que as vulnerabilidades foram exacerbadas, o tempo-espaço encurtado, e as fronteiras entre o público e o privado diluídas, como nos reerguemos? Que formas de escuta, solidariedades e práticas ancestrais de cura conseguimos cultivar num ambiente fundamentalmente estéril e atomizado? Como ultrapassar barreiras com vista à construção de comunidades assentes em relações de interdependência e reciprocidade, sem esquecer que o cuidado se escreve com raça e no feminino? Qual o papel da arte, enquanto prática, estética, e trabalho (!), em expandir estas questões? Abrimos processos que queremos continuar por outros meios. Por onde começar?
sobre a iniciativa
CONVERSAS INQUIETAS: pode o cuidado ser subversivo?
Após um ano em que as palavra mais ouvidas foram Covid-19 e pandemia, considerámos importante focarmos a edição de 2022 nas Éticas do Cuidado. Ao querer colocar em discussão este tema, pretendemos chamar a atenção para as situações de vulnerabilidade que existem no mundo e nas desigualdades que podem provocar no que concerne às relações intersociais. É assim que surge a primeira das atividades do festival, as Conversas Inquietas que passam a acontecer todos os meses no espaço da Rádio Baixa. Num trabalho conjunto entre ativismo e teoria, num lugar em que a música se transforma num ato de ocupação de espaço público, lançámos o desafio de colaboração ao Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, ao coletivo Mundus e à Rádio Baixa para promoverem um conjunto de conversas sobre o «cuidado» numa relação com os agentes vivos da cidade e a programação do festival.
On October 11, 2022, we closed the program for the 3rd Edition of Linha de Fuga's Festival and Laboratory with the last Restless Conversation of 2022: Can care be subversive?
Guests: Catarina Saraiva, Catarina Silva, Pedro Cosme and Tatiana Moura
What have we learned with the intersections, artistic processes, conversations and sharing that were woven throughout Linha de Fuga's Festival and Laboratory? After all, can care be subversive? After the confinements and social distancing imposed during the pandemic peaks, in which vulnerabilities were exacerbated, time-space shortened, and the boundaries between public and private diluted, how do we rise again? What forms of listening, solidarities and ancestral healing practices can we cultivate in a fundamentally sterile and atomized environment? How to overcome barriers with a view to build communities based on relationships of interdependence and reciprocity, without forgetting that care is written with race and in the feminine? What is the role of art, as practice, aesthetics, and work (!), in expanding these issues? We opened processes that we want to continue by other means. Where to start?
about the initiative
CONSVERSAS INQUIETAS: Can care be subversive?
After a year in which the most heard words were Covid-19 and pandemic, we considered it important to focus the 2022 edition on the Ethics of Care. In wanting to discuss this topic, we intend to draw attention to the situations of vulnerability that exist in the world and the inequalities they can cause in terms of inter-social relationships. This is how the first of the festival's activities arises, the Conversas Inquietas, which take place every month at Rádio Baixa's space. In a joint work between activism and theory, in a place where music becomes an act of occupation of public space, we launched the collaboration challenge to the Center for Social Studies of the University of Coimbra, to the Mundus collective and to Rádio Baixa to promote a set of of conversations about «care» in a relationship with the city's living agents and the festival's programming.
18h
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