Workshop de voz e movimento, para dez a quinze mulheres, inspirado na prática de grupos corais que se juntam para cantar músicas de protesto.
Projeto de Catarina Vieira, participante do Laboratório Linha de Fuga
«Interessa-me pensar a democracia, através de um coletivo de vozes que negoceia o seu anonimato e singularidade, sustentando juntas uma harmonia efémera. Com práticas de movimento, de voz e de escrita, pesquisaremos as reclamações, os nós na garganta, as palavras silenciadas demasiadas vezes, criando uma canção que coloque as nossas indignações no espaço público. Se, como disse a Audre Lorde, ‘’your silence will not protect you”, então talvez seja melhor cantar. Desafiar a imposição desse silêncio juntas, com canções nascidas da necessidade de nomear o que nos incomoda. As canções que cantamos contra os muros que limpamos, que queremos destruir. Muros de silêncio. De versos cantados em surdina, subversivamente. Muros em nós e entre nós. O silêncio alimenta-se do isolamento. Este é um gesto artístico feminista e ativista, que pretende criar um espaço coletivo de escuta e de sintonização com as vozes, as emoções, as biografias de cada mulher que se apresentar. Que repertório de canções traz cada uma? Canções de esconjuro, de reclamação, de ira, de transformação. Qual é o repertório coletivo que o nosso encontro pode gerar? Que melodias se inscrevem nas diferentes partes do nosso corpo? Como podemos movê-las para que comecem finalmente a falar e a cantar? As melodias que vão tecendo as redes invisíveis que precisamos de construir.
Que palavras podemos criar juntas? Que refrões? Que melodias se inscrevem nas diferentes partes do nosso corpo? Como podemos movê-las para que comecem finalmente a falar e a cantar? As melodias que se pegam ao ouvido e que vão tecendo as redes invisíveis que precisamos de construir. Se gostas de cantar e de dançar, e sentes uma urgência em usar a voz para protestar, inscreve-te!».
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