Rita Westwood
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Portugal
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Rita Westwood (Lisboa, 1983) é uma artista-investigadora transdisciplinar, exploradora de arte e de pedagogia: trabalha com objectos materiais (em auto-publicação, colagem e paisagens visuais), com o seu corpo em performance e pesquisa de movimento somático e, mais recentemente, foca-se nos Estudos de Género como local de reinvenção e confirmação das suas escolhas feministas, queer e não-normativas. É mestre em Gender Studies Research Master pela Universidade de Utrecht (2022), licenciada em Artes do Espectáculo, variante Estudos Artísticos pela FLUL (2012) e em Enfermagem pela ESEL (2005). Iniciou Dança pela ESD (2010). Terminou o primeiro ano da Formação Básica Somática na Somatische Akademie em Berlim, e é atualmente investigadora júnior na Amsterdam Theatre Dance School. Foi co-criadora das seguintes performances: “half dozen billion others” (Berlim, 2011) e “Practicing Beings” (Estcolmo, 2019) com André Soares; “Lusco-fusco” (2018) com Catarina Gonçalves e Filipe Caldeira; “Panegírico” com Cátia Sá e Catarina Barros (2019); “Can you feel this?” (Utrecht, 2021) com Neila Zanier, Morena Pardo, Moss Berke, Mahasheweta Podder, Cecilia Marziali e Claire Richter; “The body as research, intervention, theory” (Utrecht, 2022) com Elena Tuan. Criou o seu solo "fulfilled" em 2011 (Berlim). Foi intérprete em: “Drifting” (2012) de Gustavo Ciríaco e António Pedro Lopes, “World of Interiors” (2012) de Ana Borralho & João Galante; “MONSTER” de Carlota Lagido (2013); “Burn Time” de André Uerba (2018); “Pangírico” (2019); e “Can you feel this?” (Utrecht, 2021). Foi assistente de dramaturgia em “Terceiro Corpo” (2024) de Mariana Pimentel. Foi co-criadora e curadora do festival CONDOMÍNIO, festival transdisciplinar em espaços habitacionais de 2014-2016. Os seus interesses de investigação giram em torno da exploração, prática e imaginação de outras formas de gerar conhecimento dentro e fora da academia, estabelecendo uma diálogo entre o corpo e a Arte. O seu trabalho gira em torno da reivindicação do prazer, da agência e da micropolítica dos corpos sob o domínio colonial-capitalista.

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Rita Westwood (Lisbon, 1983) is a transdisciplinary artist-researcher, exploring art and pedagogy. She works with material objects (in self-publishing, collage, and visual landscapes), with her body in performance, and engages in somatic movement research. More recently, she focuses on Gender Studies as a site for the reinvention and affirmation of her feminist, queer, and non-normative choices. She holds a Master's degree in Gender Studies Research from the University of Utrecht (2022), a degree in Performing Arts with a specialization in Artistic Studies from FLUL (2012), and a degree in Nursing from ESEL (2005). She began her dance education at ESD (2010) and completed the first year of Basic Somatic Training at the Somatische Akademie in Berlin. She is currently a junior researcher at the Amsterdam Theatre Dance School.

Rita has co-created the following performances: “half dozen billion others” (Berlin, 2011) and “Practicing Beings” (Stockholm, 2019) with André Soares; “Lusco-fusco” (2018) with Catarina Gonçalves and Filipe Caldeira; “Panegírico” with Cátia Sá and Catarina Barros (2019); “Can you feel this?” (Utrecht, 2021) with Neila Zanier, Morena Pardo, Moss Berke, Mahasheweta Podder, Cecilia Marziali, and Claire Richter; “The body as research, intervention, theory” (Utrecht, 2022) with Elena Tuan. She created her solo work "fulfilled" in 2011 (Berlin). Rita has performed in: “Drifting” (2012) by Gustavo Ciríaco and António Pedro Lopes, “World of Interiors” (2012) by Ana Borralho & João Galante; “MONSTER” by Carlota Lagido (2013); “Burn Time” by André Uerba (2018); “Pangírico” (2019); and “Can you feel this?” (Utrecht, 2021). She was a dramaturgy assistant for “Terceiro Corpo” (2024) by Mariana Pimentel. Rita was a co-creator and curator of the CONDOMÍNIO festival, a transdisciplinary festival held in residential spaces from 2014 to 2016. Her research interests revolve around exploring, practicing, and imagining other ways of generating knowledge both inside and outside the academy, establishing a dialogue between the body and art. Her work focuses on the reclamation of pleasure, agency, and the micropolitics of bodies under colonial-capitalist dominance.

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Projeto
Stages of Being#1_pós-silêncio pré-apocalíptico
Project
Stages of Being#1_pós-silêncio pré-apocalíptico

É a primeira de uma série de 4 instalação-performances situadas duracionais. Em #1_pós-silêncio pré-apocalíptico ponho o dedo na ferida (aberta?) das camadas de opressão que todes carregamos, tornando-as visíveis, partilhadas e, criando, possivelmente uma brecha de libertação. Como relembra Audre Lorde “o teu silêncio não te irá proteger”. Neste projeto pesquiso o espaço-tempo intersticial do silenciado para o que precisa ser dito: o momento entre a ruptura do silenciamento e o apocalipse/revelação. Parto da pesquisa do silêncio/silenciamento através da ampliação da voz (da minha e des outres), a voz do corpo, e as vozes do colectivo.

O projecto encontra-se numa fase de pesquisa (de campo e teórica), de desenvolvimento de laboratórios-encontros e de estratégias para abordar este tópico de forma consciente, provocadora e generativa. Estes laboratórios-encontros são organizados em torno de pesquisa de movimento (baseado em práticas somáticas), voz, criação de paisagens sonoras, escrita, improvisação e trabalho coletivo. A potencialidade destes encontros reside nos estados de purga, de celebração conjunta e de consentimento que se operam numa micro-escala, com desejo de reverberar para uma macro-escala.

Criação: Rita Westwood e participantes do laboratório-encontro

Com o apoio da Livraria das Insurgentes e da DGArtes

Agradeço a todas as pessoas que já fizeram parte desta experiência e que arriscam experienciar a cada vez.

Is the first in a series of four durational installation-performances. In this piece, I aim to touch the (open?) wound of the layers of oppression that we all carry, making them visible and shared, possibly creating a breach of liberation. As Audre Lorde reminds us, “your silence will not protect you.” In this project, I research the interstitial space-time of the silenced for what needs to be said: the moment between the rupture of silence and the apocalypse/revelation. I start from the research of silence/silencing through the amplification of voice (my own and that of others), the voice of the body, and the voices of the collective.

The project is currently in a phase of research (both field and theoretical), developing laboratory-meetings and strategies to approach this topic in a conscious, provocative, and generative manner. These laboratory-meetings are organized around movement research (based on somatic practices), voice, creation of soundscapes, writing, improvisation, and collective work. The potential of these encounters lies in the states of purging, collective celebration, and consent that operate on a micro-scale, with the desire to reverberate on a macro-scale.

Creation: Rita Westwood and the participants of the laboratory-meeting
Supported by: Livraria das Insurgentes and DGArtes

I would like to thank everyone who has been part of this experience and who takes the risk to engage each time.