Nasceu em 14 de outubro de 1997, em Belfort, França. Nicolas Brunelle é um artista, programador e pesquisador. Após concluir um mestrado em Hors-Format na Haute École des Arts du Rhin, em Estrasburgo, obteve um mestrado em filosofia na Université Jean Moulin, em Lyon. Atualmente, vive e trabalha entre Lyon e Marselha.
A sua prática lida com a responsabilidade, a maneira como entendemos as coisas e o esforço necessário para encontrar um terreno comum quando comunicamos. Desfoca as distinções entre o indivíduo e o ambiente, memória e presente, ruído e informação, bem como entre o tecnológico e o natural, entendimento e dúvida. Esses temas manifestam-se coletivamente, notavelmente por meio do Entropies, que fundou em 2022, englobando vídeo, instalação, performance, publicação e curadoria. O seu trabalho é composto por fragmentos de coisas—encontradas, resgatadas, escritas e reescritas—explorando o ruído, tanto sonoro quanto visual, por meio de loops, superposições e misturas de diferentes tons e vozes.
Website : nicolasbrunelle.com
Instagram : @nbrunelle_
Esta presença é possível com o apoio Mais França e L'Institut Français Paris.
Born on October 14, 1997, in Belfort, France, Nicolas Brunelle is an artist, programmer, and researcher. After completing a master's degree in Hors-Format at the Haute École des Arts du Rhin in Strasbourg, he obtained a master's degree in philosophy at the Université Jean Moulin in Lyon. Today, he lives and works between Lyon and Marseille. His practice deals with responsibility, the way we understand things, and the effort it takes to make common ground when we speak. He blurs the distinctions between individual and environment, memory and present, noise and information, technological and natural, understanding and doubting. These are collective forms, notably with Entropies, which he founded in 2022, of video, installation, performance, publishing, and curation. Fragments of things, found, salvaged, written, and rewritten. Noise, sonic and visual, loops, superimpositions, and mixtures of different tones and voices.
Website : nicolasbrunelle.com
Instagram : @nbrunelle_
This presence is made possible with the support of Mais França and the Institut Français Paris.
Em francês, além de definir uma disputa acalorada, “querelle” também se refere a um bando de pardais. A expressão “querelle de moineaux” que se poderia traduzir em português como “tempestade num copo de água”, ironiza disputas sobre questões triviais, debates quase absurdos que geram animosidade sem grande importância, mesmo diante de graves consequências. Esta expressão reflete a luta interna que parece inerente a qualquer projeto coletivo. Assim como a biologia e o “darwinismo” foram usados para justificar comportamentos, essa visão crítica revela o medo subjacente a qualquer esforço coletivo. Como reunir diversas pessoas? Como podem os interesses e pontos de vista individuais convergir com os de outros?
“querelle de moineaux”, o projeto que pretendo desenvolver no laboratório, será um texto e uma performance entre poesia, citações e ficção, descrevendo o voo de um bando de pardais num dia húmido de pré-verão.
Esse projeto faz parte de um trabalho contínuo chamado "Being Numerous", inspirado nos escritos de George Oppen e Natasha Lennard, cujo tema central é o desejo de colaboração. Num vídeo de 2021, explorei o estado frágil de “começar” a trabalhar em conjunto. Agora, o foco está na tensão, no medo existencial e na impossibilidade de resolver um conflito de grupo.
Estamos destinados ao conflito ou é possível encontrar um ponto de convergência? Precisamos enfrentar esses medos coletivamente, sem simplificar os desejos e afetos de ninguém.
In French, in addition to defining a heated dispute, a quarrel is also the name given to a flock of sparrows. This designation, “a quarrel of sparrows,” is used to mock disputes over trivial matters or details, nearly absurd debates that create animosity without much importance, even in the face of dire consequences. This expression encapsulates the intimate struggle that seems inherent in every collective project. In the same way biology, and “Darwinism” has been used as an excuse to validate behaviors, which is criticized since Kropotkine’s Mutal Aid to Vincianne Despret’s Dance of babblers, this precisely represents, for me, the underlying fear of any collective endeavor. How can diverse people come together? How can individual interests and viewpoints converge with those of others?
"Sparrow’s Quarrel", the project I intend to develop in the laboratory, will be a text and performance that blends poetry, quotes, and fiction, describing the flight of a flock of sparrows on a humid pre-summer day.
This project is part of an ongoing work called "Being Numerous," inspired by the writings of George Oppen and Natasha Lennard, with a central theme of the desire for collaboration. In a video from 2021, I explored the fragile state of "beginning" to work together. Now, the focus is on the tension, existential fear, and the impossibility of resolving group conflict.
Are we destined for conflict, or is it possible to find a point of convergence? We need to face these fears collectively, without simplifying anyone's desires and affects.