Jéssica Lopes
Jéssica Lopes
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Portugal
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Leonardo Rio

Atriz, performer, professora e encenadora. A sua abordagem artística insere-se na investigação pela prática, partindo da autobiografia, testemunhos, literatura, cinema, fotografia e pintura. Formada em Artes Visuais, Caldas da Rainha, 2015, Portugal; Licenciada em Teatro na ESAD.CR, 2019, Portugal; Mestre em Encenação pela ESTC, 2023, Portugal. Frequentou o Curso de Escrita para Intérpretes e Criadores lecionado por Sara Carinhas, da Academia Gerador, 2021. Estagiou no teatromosca, 2021. Participou no workshop My Documents, dirigido por Lola Arias na Universität der Künste Berlin em Berlim com o apoio da Fundação GDA(2022). Dirigiu e interpretou os espetáculos: ‘Naquela parede branca pintei o meu medo azul’ (2019); ‘Gaveta dememórias’ (2020); ‘À procura da Primavera’ (2021); ‘Cidade Solitária’ (2022). Integrou como intérprete osespetáculos: ‘Máquina fotográfica’ (2018) de Joana Craveiro; ‘Untitled, still life’ (2022) de Ana Borralho & João Galante; ‘Ato III’ (2023) de Tiago Vieira. 

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Actress, performer, teacher, and director. Her artistic approach is rooted in practice-based research, drawing from autobiography, testimonies, literature, cinema, photography, and painting. She graduated in Visual Arts from Caldas da Rainha, Portugal, in 2015; earned a degree in Theater from ESAD.CR, Portugal, in 2019; and obtained a Master's degree in Directing from ESTC, Portugal, in 2023. She attended the Writing for Interpreters and Creators course taught by Sara Carinhas at Academia Gerador in 2021. She interned at teatromosca in 2021. She participated in the My Documents workshop directed by Lola Arias at the Universität der Künste Berlin with the support of the GDA Foundation in 2022. She directed and performed in the shows: “Naquela parede branca pintei o meu medo azul” (2019); “Gaveta de memórias” (2020); “À procura da Primavera” (2021); “Cidade Solitária” (2022). As a performer, she participated in the following productions: “Máquina fotográfica” (2018) by Joana Craveiro; “Untitled, still life” (2022) by Ana Borralho & João Galante; “Ato III” (2023) by Tiago Vieira.

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Leonardo Rio
Projeto
DESMANCHE
Project
DESMANCHE

DESMANCHE é um solo cru, visceral e urgente. Investiga a Interrupção Voluntária de Gravidez (IVG) e o impacto desta no corpo de pessoas com útero. O corpo é território de luta e dor, exposto de forma bruta e subtil, abordando questões críticas como aborto ilegal, violência obstétrica ou a objeção de consciência. Entre o grotesco e o poético, DESMANCHE é um lugar de confronto, onde corpo, emoção e movimento se cruzam, criando uma pintura viva, intensa, perturbadora e profundamente humana.

Partindo do termo “desmanche”, o projeto cruza a performance com testemunhos reais e dados documentais,utilizando a nomenclatura como veículo para a exploração de conceitos como desconstrução, fragmentação,metamorfose, transformação, transitoriedade e efemeridade. Em particular, destaca-se o figurino, enquanto metáfora, construído em camadas que serão gradualmente retiradas durante a performance.

A abordagem estética é inspirada em obras de pessoas autoras como Paula Rego, Maria Teresa Horta, Frida Kahlo, Juanita McNeely, Kiki Smith, Julia Phillips, Barbara Kruger, entre outras. A performance dialoga assim diretamente com as obras visuais e transcende o plano estático da pintura, desdobrando-se numa partitura de movimento que as reinterpreta e efemeriza. Explorando assim conceitos como a relação do corpo como espaço, do texto como corpo, corpo como pintura e ainda pintura como partitura de movimento.

Durante o Laboratório, pretende focar-se no desenvolvimento do guião e na exploração corporal, integrando disciplinas variadas: estruturar narrativas com base nos testemunhos e pesquisa; explorar através do movimento formas de expressão para traduzir experiências e emoções; usar movimento para comunicar sem palavras; e integrar elementos visuais e sonoros para um experiência multisensorial que confronta o público com os medos e estigmas em torno da IVG.

DESMANCHE surge como uma resposta crucial, num contexto onde discursos demagogos crescem, ameaçando a democracia e os direitos humanos. Em Portugal, apesar da IVG ser parcialmente legal, inúmeras barreiras persistem, ampliando a necessidade de diálogo e reflexão, combatendo, assim, a desinformação.

Direção artística, criação e interpretação JÉSSICA LOPES 

Apoio à encenação BEATRIZ GARRUCHO

Consultoria Artística RAQUEL ANDRÉ 

Consultoria de Pesquisa SOFIA CRAVEIRO 

Consultoria Visual MARIA MATIAS 

Composição Musical, Sonoplastia e Operação de som SARA MARITA 

Músicos instrumentistas ALIU BAIO e ARTUR MORAIS 

Direção Técnica LEONARDO RIO 

Apoios ANTENA 1, B.O.T.A, CASA CHEIA, COFFEEPASTE, LINHA DE FUGA, MUNICÍPIO DE ÓBIDOS, ASSOCIAÇÃO ESCOLHA, OBSERVATÓRIO DE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA EM PORTUGAL (OVO), GAT - GRUPO DE ATIVISTAS EM TRATAMENTOS. 

©Bexfig

DESMANCHE is a raw, visceral, and urgent solo performance. It investigates abortion and the impact of this on the bodies of people with uteruses. The body is a territory of struggle and pain, exposed in both a brutal and subtle manner, addressing critical issues such as illegal abortion, obstetric violence, and conscientious objection. Between the grotesque and the poetic, DESMANCHE is a confrontational space where body, emotion, and movement intersect, creating a living, intense, disturbing, and profoundly human painting.

Starting from the term "desmanche" (dismantling), the project intertwines performance with real testimonies and documentary data, using nomenclature as a vehicle to explore concepts such as deconstruction, fragmentation, metamorphosis, transformation, transience, and ephemerality. In particular, the costume stands out as a metaphor, constructed in layers that will be gradually removed during the performance.

The aesthetic approach is inspired by the works of authors such as Paula Rego, Maria Teresa Horta, Frida Kahlo, Juanita McNeely, Kiki Smith, Julia Phillips, Barbara Kruger, among others. The performance thus directly engages with visual artworks and transcends the static plane of painting, unfolding into a score of movement that reinterprets and ephemeralizes them. It explores concepts such as the relationship of the body as space, text as body, body as painting, and painting as a score for movement.

During the Laboratory, the focus will be on developing the script and exploring bodily expression, integrating various disciplines: structuring narratives based on testimonies and research; exploring forms of expression through movement to translate experiences and emotions; using movement to communicate without words; and integrating visual and sound elements for a multisensory experience that confronts the audience with fears and stigmas surrounding abortion.

DESMANCHE emerges as a crucial response in a context where demagogic discourses are rising, threatening democracy and human rights. In Portugal, although abortion is partially legal, numerous barriers persist, amplifying the need for dialogue and reflection, thus combating misinformation.