Coreógrafa e gestora. Atualmente, dedica-se à gestão independente, à criação e ao aconselhamento artístico em dança e performance, além de ministrar oficinas e seminários de treino interpretativo, trabalho em rede e metodologias criativas. É formada pela Escola Experimental de Dança Contemporânea (EEDC) e pela pós-graduação TCD "Especialização em Tendências Contemporâneas em Dança" na Universidade Nacional das Artes (UNA). Desde 2007, atua no campo da criação coreográfica e gestão independente com a plataforma GABINETE COREOGRÁFICO, promovendo diversas experiências de trabalho colaborativo para a investigação em dança, em interação com outras linguagens artísticas.
Está à frente da gestão e direção artística da clínica "Processos Colaborativos de Investigação em Dança", que já reuniu mais de 40 projetos de coreógrafos da região Patagónica, e do ciclo de investigações performativas BICEFALOS. (www.bicefalos.ar)
Choreographer and manager. Currently, she is dedicated to independent management, creation, and artistic advising in dance and performance, as well as leading workshops and seminars on interpretative training, networking, and creative methodologies. She graduated from the Experimental School of Contemporary Dance (EEDC) and completed a postgraduate course in "Specialization in Contemporary Trends in Dance" at the National University of Arts (UNA). Since 2007, she has been active in the field of choreographic creation and independent management with the GABINETE COREOGRÁFICO platform, promoting various collaborative work experiences for dance research, interacting with other artistic languages.
She is in charge of managing and directing the clinic "Collaborative Processes of Dance Research," which has brought together over 40 projects by choreographers from the Patagonian region, and the cycle of performative investigations BICEFALOS. (www.bicefalos.ar)
Interessa-me exercitar o ato de observar, entrevistar e conectar-me com as práticas de outros, para explorar os limites materiais e conceptuais que estas propõem. A partir daí, investigar novos modos de interlocução e criação, como se de um arquivo falante se tratasse, no sentido de oferecer um eco, uma deriva, uma profanação ou um deslocamento. Um envolvimento que surge a partir dos limites da observação, devolvendo uma nova imagem do mesmo: uma estampa, um presépio, um altar privado.
A minha proposta é acompanhar de perto e observar cada uma das iniciativas realizadas durante o laboratório, criando imagens paralelas em formato de objetos, instalações ou pequenas práticas. Pretendo escorregar e misturar-me com as práticas alheias, emergentes da troca e do tráfego de algo que ainda é importante para alguém. Interessa-me explorar como nomeamos as coisas, o nome como risco da categorização, orientador do olhar e do pensamento sobre o que identifica e comunica.
Quero imprimir rostos e experimentar reunir esses com outros materiais, criar quadros viventes e objetuais temporários, dando-lhes nomes. Proponho práticas individuais e coletivas que reúnam elementos e sejam compostas em conjunto, construindo imagens que coletivizam coisas: quadros viventes, presépios, florestas, assentamentos temporários de coletividades, que são titulados, percorridos e desfeitos para sempre. São campos efémeros e precários de composições coletivas, que expõem o acaso de terem sido nomeados ou reunidos temporariamente, participando de uma história da arte paralela e esquecida, como o presépio vivo, o quadro vivente, a instalação, a lápide, a ruína ou o retrato.
I am interested in exercising the act of observing, interviewing, and connecting with the practices of others to explore the material and conceptual limits that these propose. From there, I aim to investigate new modes of dialogue and creation, as if it were a speaking archive, offering an echo, a drift, a profanation, or a displacement. This involvement arises from the boundaries of observation, returning a new image of the same: a print, a nativity scene, a private altar.
My proposal is to closely accompany and observe each of the initiatives carried out during the laboratory, creating parallel images in the form of objects, installations, or small practices. I intend to slip in and blend with the practices of others, emerging from the exchange and traffic of something that is still important to someone. I am interested in exploring how we name things, the name as a risk of categorization, guiding the gaze and thought on what identifies and communicates.
I want to imprint faces and experiment with bringing them together with other materials, creating temporary living and object-like frames, giving them names. I propose individual and collective practices that gather elements and are composed together, constructing images that collectivize things: living frames, nativity scenes, forests, temporary settlements of collectivities that are titled, traversed, and undone forever. These are ephemeral and precarious fields of collective compositions, exposing the chance of having been named or gathered temporarily, participating in a parallel and forgotten art history, like the living nativity, the living frame, the installation, the tombstone, the ruin, or the portrait.